terça-feira, 9 de agosto de 2011

Equipe da novela "Aquele Beijo" da Globo faz pré-produção na Paraíba

A equipe técnica da Rede Globo de Televisão que fará a pré-produção das gravações da novela “Aquele Beijo” desembarca na Paraíba nesta quarta-feira (10).  Escrita por Miguel Falabella, a próxima novela das 19h da emissora terá locações em João Pessoa e Cabaceiras. As gravações foram articuladas com a direção da TV Globo pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde), em parceria com a Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) e com o apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

A equipe ficará no Estado até o próximo sábado (13) e a novela está prevista para estrear em outubro. Para o secretário da Setde, Renato Feliciano, a iniciativa dará visibilidade à Paraíba e, consequentemente, contribuirá para o crescimento do turismo no Estado. “Esta novela vai promover a divulgação das paisagens e da cultura da Paraíba, nossas paisagens, contribuindo, também, para a geração de emprego e renda”, ressaltou.

A presidente da PBTur, Ruth Avelino, destaca que o folhetim será uma oportunidade muito interessante para o Estado, que já está em evidência por conta do trabalho forte de divulgação que o Governo vem desenvolvendo. “É um espaço na mídia muito importante para Paraíba, que vai ficar uma semana em exibição na maior emissora do país”, afirmou.
A equipe que chega à Paraíba nesta quarta é formada por sete profissionais da emissora. Um dos personagens de “Aquele Beijo”, interpretado pelo ator Diogo Vilela, passará pela Paraíba nos primeiros dias de exibição da trama. A novela, que tem no consumismo um de seus temas, tem a colaboração de Ângela Carneiro e Luiz Carlos Góes, com direção de Cininha de Paula.

Intercom 2011 acontecerá no Recife

O mais importante congresso de comunicação da América Latina será sediado na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Recife. Em sua 34ª edição, o evento volta ao nordeste após dois anos, comemorando os 50 anos da instituição de ensino.

Fundado por um de seus ex-alunos e seu atual presidente de honra, o professor José Marques de Melo, o 34º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), será realizado com o tema “Quem tem medo de pesquisa empírica?, entre os dias 3 a 6 de setembro de 2011, no campus da Católica.

São esperados cerca de quatro mil pesquisadores e profissionais de todo o Brasil e do mundo. Essa edição do congresso parece vir cheia de novidades. Em conversa com o Boletim Unicap, o professor Zé Marques ainda adiantou algumas surpresas que estão sendo preparadas para o congresso no próximo ano, a exemplo de dois clássicos de Luiz Beltrão que serão debatidos nas mesas-redondas e palestras do Intercom 2011.

Gaudêncio Torquato será homenageado no Intercom 2011

O XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2011, que  será sediado pela Universidade Católica de Pernambuco de 2 a 6 de setembro, prestará uma homenagem ao jornalista Gaudêncio Torquato, pioneiro da Comunicação Organizacional no Brasil.

Ele será homenageado na mesa “A Intercom e a Memória das Ciências da Comunicação”, programada para o dia 4 de setembro, das 14h às 16h, e que contará com a participação dos professores  Adolfo Queiroz (Umesp) e Margarida Kroling Kunsch (USP). A mediação será da professora Ada Denker (Anhembi-Morumbi).

Vencedor do Prêmio Esso, professor titular da USP e consultor político, defendeu a primeira tese no país sobre a Comunicação Organizacional. Autor de mais de dez livros, publicou o primeiro livro sobre Marketing Político no Brasil. Como analista político e social, é fonte requisitada pelos principais veículos de comunicação para opinar sobre os fatos e cenários das áreas. Conferencista e palestrante é autor de diversos papers sobre conjunturas político-econômicas e estratégias de comunicação para série de empresas e setores produtivos.

Natural da cidade de Luís Gomes, no Rio Grande do Norte, começou a exercer a atividade de repórter como colaborador de jornais e revistas do Recife em 1962, quando iniciava seus estudos no curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco. Ele exerceu o jornalismo em várias das principais publicações do Nordeste e também do Sudeste do país, entre os quais Jornal do Commercio, Folha de São Paulo e Correio da Manhã. Em 1966, Torquato ganhou o Prêmio Esso na categoria Científica, com uma série de reportagens sobre a doença da barriga d´água.

A sua experiêcia no planejamento, redação e produção de grandes reportagens o leva às salas de aula. Interessado na pesquisa sobre jornalismo, é convidado para dar aulas na Cásper Líbero e passa a integrar o seu corpo docente em 1968. A convite do professor José Marques de Melo, torna-se professor assistenre da Escola de Comunicações e Arte da USP.

O interesse pelo jornalismo empresarial leva Torquato a organizar os departamentos de comunicação de grandes empresas e, depois, a enveredar pelo segmento institucionla, com o convite para trabalhar no Governo José Sarney e participar da criação do Conselho de Comunicação, órgão destinado a discutir as políticas para o setor no país. Em meados dos anos 80, ele se volta para outro campo embrionário no país: o marketing político. Começa com a bem-sucedida campanha do empresário Tasso Jereissati para o governo do Ceará, em 1986. A partir daí, seguem-se dezenas de outras, como as de João Faustino, Freitas Nobre, Guilherme Afif Domingos e Mário Covas.

Globo: os princípios, a credibilidade e a prática

Por Venício Lima, em Carta Maior
Deve ter sido coincidência. Todavia, não deixa de ser intrigante que os “Princípios Editoriais das Organizações Globo” tenham sido divulgados apenas algumas semanas após o estouro do escândalo envolvendo a News Corporation e um dia depois que um ex-jornalista da própria Globo tenha postado em seu Blog – com grande repercussão na blogosfera – que havia uma orientação na TV Globo para tentar incompatibilizar o novo Ministro da Defesa com as Forças Armadas.
Credibilidade: questão de sobrevivência
A credibilidade passou a ser um elemento absolutamente crítico no “mercado” da notícia. O monopólio dos velhos formadores de opinião não existe mais. Não é sem razão que as curvas de audiência e leitura da velha mídia estejam em queda e o “negócio”, no seu formato atual, ameaçado de sobrevivência.
Na contemporaneidade, são muitas as fontes de informação disponíveis para o cidadão comum e as TICs ampliaram de forma exponencial as possibilidades de checagem daquilo que está sendo noticiado. Sem credibilidade, a tendência é que os veículos se isolem e “falem”, cada vez mais, apenas para o segmento da população que compartilha previamente de suas posições editoriais e busca confirmação diária para elas, independentemente dos fatos.
O escândalo do “News of the World” explicitou formas criminosas de atuação de um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, destruiu sua credibilidade e levantou a suspeita de que não é só o grupo de Murdoch que pratica esse tipo de “jornalismo”. Além disso, a celebrada autorregulamentação existente na Inglaterra – por mais que o fato desagrade aos liberais nativos – comprovou sua total ineficácia. As repercussões de tudo isso começam a aparecer. Inclusive na Terra de Santa Cruz.
Os Princípios da Globo
No Brasil ainda não existe sequer autorregulamentação e as Organizações Globo, o maior grupo de mídia do país, não tem um único Ombudsman em suas dezenas de veículos para acolher sugestões e críticas de seus “consumidores”. Neste contexto, a divulgação de princípios editoriais – sejam eles quais forem – é uma referência do próprio grupo em relação à qual seu jornalismo pode ser avaliado. Não deixa de ser um avanço.
A questão, todavia, é que o histórico da Globo não credencia os Princípios divulgados. Em diferentes ocasiões, ao longo dos últimos anos, coberturas tendenciosas que se tornaram clássicas, foram documentadas. E alguns pontos reafirmados e/ou ausentes dos Princípios agora divulgados reforçam dúvidas. Lembro dois: a presunção de inocência e as liberdades “absolutas”.
Presunção de inocência
O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, adotado pela FENAJ, acolhe uma garantia constitucional (inciso LVII do artigo 5º) que tem origem na Revolução Francesa e reza em seu artigo 9º: “a presunção de inocência é um dos fundamentos da atividade jornalística”.
Não é necessário lembrar que o poder da velha mídia continua avassalador quando atinge a esfera da vida privada, a reputação das pessoas, seu capital simbólico. Alguém acusado e “condenado” pela mídia por um crime que não cometeu dificilmente se recupera. Os efeitos são devastadores. Não há indenização que pague ou corrija os danos causados. Apesar disso, a ausência da presunção de inocência tem sido uma das características da cobertura política das Organizações Globo.
Um exemplo: no auge da disputa eleitoral de 2006, diante da defesa que o PT fez de filiados seus que apareceram como suspeitos no escândalo chamado de “sanguessugas”, o jornal “O Globo” publicou um box de “Opinião” sob o título “Coerência” (12/08/2006, Caderno A, pp.3/4) no qual afirmava:
“Não se pode acusar o PT de incoerência: se o partido protege mensaleiros, também acolhe sanguessugas. Sempre com o argumento maroto de que é preciso esperar o julgamento final. Maroto porque o julgamento político e ético não se confunde com o veredicto da Justiça. (...) Na verdade, a esperança do PT, e de outros partidos com postura idêntica, é que mensaleiros e sanguessugas sejam salvos pela lerdeza corporativista do Congresso e por chicanas jurídicas. Simples assim.”
Em outras palavras, para O Globo, a presunção de inocência é uma garantia que só existe no Judiciário. A mídia pode denunciar, julgar e condenar. Não há nada sobre presunção de inocência nos Princípios agora divulgados.
Aparentemente, a postura editorial de 2006 continua a prevalecer nas Organizações Globo.
Liberdades absolutas?
Para as Organizações Globo a liberdade de expressão é um valor absoluto (Seção I, letra h) e “a liberdade de informar nunca pode ser considerada excessiva” (Seção III).
Sem polemizar aqui sobre a diferença entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa – que não é mencionada sequer uma única vez nos Princípios – lembro que nem mesmo John Stuart Mill considerava a liberdade de expressão absoluta. Ela, como, aliás, todas as liberdades, têm como limite a liberdade do outro.
Em relação à liberdade de informar, não foi exatamente o fato de “nunca considerá-la excessiva” que levou a News Corporation a violar a intimidade e a privacidade alheia e a cometer os crimes que cometeu?
O futuro dirá se haverá ou não alterações na prática jornalística “global”, só o tempo dirá. Ao que parece, as ressonâncias do escândalo envolvendo o grupo midiático do todo poderoso Rupert Murdoch e a incrível capilaridade social da blogosfera, inclusive entre nós, já atingiram o maior grupo de mídia brasileiro.

Venício A. de Lima é professor Titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Regulação das Comunicações - História, poder e direitos.

Livro mapeia História do Rádio no Brasil

Um livro inédito e histórico sobre o rádio brasileiro será lançado no dia 5 de setembro, em Recife, com a participação de uma professora da UFPA como autora, durante a realização do 34º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. A obra Panorama do rádio no Brasil é um trabalho pioneiro que traça um amplo inventário das emissoras de rádio de todas as 27 Regiões Metropolitanas do país.

A organização do livro é da professora mineira Nair Prata, que contou com uma equipe de 52 pesquisadores que, de norte a sul do país, produziram um panorama original da radiofonia brasileira. Em Belém, participaram da publicação a profa da Facom, Luciana Miranda Costa, e as jornalistas Paula Costa e Sandra Garcia, ambas formadas pelo curso de Comunicação da UFPA. A obra é mais um trabalho em conjunto do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).

O livro, publicado pela Editora Insular tem 590 páginas e mapeia 561 emissoras de todas as Regiões Metropolitanas. A obra faz parte de um amplo projeto de pesquisa, que pretende inventariar todas as emissoras de rádio de todos os Estados e de todos os municípios brasileiros. O projeto ainda abrangerá as emissoras que funcionam apenas na internet, as webradios.

Segundo a professora e autora, Luciana Miranda, que coordena um Grupo de Pesquisa na UFPA sobre Rádio, Meio Ambiente e Divulgação Científica, o trabalho de pesquisa sobre as emissoras de Belém durou cerca de seis meses.“Contamos com o apoio de todas emissoras AM, FM e Ondas Tropicais da cidade que nos forneceram importantes informações sobre a história do rádio paraense e dados atualizados de suas programações. O próximo passo será mapear as rádios do interior do Estado". A história do rádio no Pará também pode ser consultada por meio do site: http://www.oparanasondasdoradio.ufpa.br, um dos resultados das atividades realizadas pelo grupo coordenado pela profa Luciana Miranda.

A realização do livro, por sua vez, teve seus percalços segundo a coordenadora geral, Profa Nair Prata: “Enfrentamos algumas dificuldades na realização desta investigação. "Fizemos convocações aos grupos de pesquisa de todo o país e, assim, conseguimos montar a grande equipe de investigadores. Depois, a principal dificuldade foi o levantamento dos dados, já que são poucas, ou inexistentes em alguns casos, as informações oficiais sobre algumas emissoras de rádio, com suas histórias, seus programas, suas trocas de proprietários e suas idas e vindas no dial".

Após o lançamento, o livro estará disponível nas livrarias ou já pode ser solicitado diretamente à Editora Insular pelo site: www.insular.com.br

SERVIÇO
Lançamento do livro Panorama do rádio no Brasil
Data: 5 de setembro (segunda-feira)
Horário: 14 às 18h
Local: Universidade Católica de Pernambuco – Recife
Contatos: Nair Prata – nairprata@uol.com.br - (31)9985-5826 e Luciana Miranda - lmirandaeua@hotmail.com - (91)91445634

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Biografia mergulha nos vícios e manias de Paul McCartney

Ao longo da carreira, cada integrante dos Beatles assumiu um personagem que acabou servindo de carapuça por muitos anos. John era o louco, Ringo o excluído, George o místico e Paul o bom moço. Em partes, cada máscara dessas tinha um bom motivo pra existir. Acontece que, se olhar mais de perto, cada um poderia acabar tendo também um pouco das características de outro. E, talvez, seja essa miscelânea de personalidades e posturas, somado a um gênio criativo endiabrado, que fez o Fab4 criar a mais importante obra de música pop do mundo e com fortes chances de jamais ser superada.

No caso de Paul, a biografia Paul McCartney – Uma vida (Nova Fronteira) mostra que o bom moço também teve lá seus momentos de loucura. Escrita pelo jornalista novaiorquino Peter Ames Carlin – autor da biografia do beach boy Brian Wilson -, o livro começa, obviamente narrando infância de James Paul McCartney em Liverpool, com detalhes sobre sua boa relação familiar e sobre o drama de perder a mãe aos 14 anos. No entanto, foi esta fatalidade que acabou se tornando um dos pontos de encontro entre ele e o futuro amigo John Winston Lennon, que ficaria orfão aos 17 anos.

Como não poderia deixar de ser, durante todo o período em que Paul se dedicou aos Beatles, sua biografia acaba sendo também uma biografia da banda, passando por personagens como Alain Klein, George Martin, Brian Epstain e outros. Nenhuma grande novidade para quem já conhece outros trabalhos sobre a banda. Mais sobre Paul McCartney, o livro, insiste na sua atração pela maconha e no quanto ele era dominador dos trabalhos do grupo. Quanto à erva proibida, paul fez uso até bem pouco tempo, quando os afazeres domésticos o fizeram parar. Já quanto ao seu jeito ditador de conduzir a banda, quem não lembra de como ele agiu quando durante as gravações do album branco?

Um ponto positivo da biografia está após o fim dos Beatles. Nesse momento Peter Carlin narra passo a passo os caminhos erráticos do músico até que ele voltasse a se sentir à vontade com o repertório do seu grupo. Sim, após o fim dos Beatles ele teve medo de tocar suas velhas canções e ser taxado de oportunista. Daí vieram os Wings que acabou não passando de uma banda de apoio para o velho beatle. Já casado com Linda, ele chegou a empurrá-la pra dentro da banda, mesmo sabendo que sua amada não sabia tocar instrumento nenhum. Mesmo diante do nariz torcido dos seus companheiros de banda, Linda inclusive, Paul insistiu para que ela tocasse teclados.

É fato que a obra solo de Paul McCartney nunca chegou ao patamar do foram os Beatles. Mas também seria muita má vontade dizer que é ruim. Ao longo dos anos, ele criou uma série de canções memoráveis, belas e cheia de tudo de bom que ele tinha a oferecer. Nesse ponto, Paul McCartney – Uma Biografia ganha ao mostrar como ele soube ir se distanciando da sombra gigante do quarteto para poder voltar a se relacionar bem com aquele repertório. O livro também revela detalhes da baixaria que envolveu o casamento do músico com a modelo Heather Mills, que seguia o estilo “entre tapas e beijos”. Passadas as 400 páginas da biografia, fica uma boa notícia: os Beatles não foram um sonho que acabou e aprova disso está neste velho compositor que ainda tem muita lenha pra queimar.

Estudantes lançam Observatório da Mídia Paraibana

A abertura será nesta segunda-feira (8), às 19h00, no Auditório do Centro de Educação, da Universidade Federal da Paraíba, Campus de João Pessoa

O Observatório da Mídia Paraibana faz a apresentação de suas atividades para o semestre 2011.2. Para celebrar o lançamento oficial do projeto, o “Observatório da Mídia Paraibana – Analisando o discurso de cada sistema, na linguagem de cada veículo” desenvolverá atividades na semana de recepção de feras promovida pelo Coletivo COMjunto de Comunicadores Sociais que vai desta segunda-feira (8) a 12 de agosto. A abertura será nesta segunda-feira (8), às 19h00, no Auditório do Centro de Educação, da Universidade Federal da Paraíba.

Para compor a mesa de abertura do projeto, teremos a presença do professor Claúdio Paiva (Decomtur e PPGCOM/UFPB), que falará sobre “O Observatório da Imprensa e a Crítica da Mídia na Era Digital”. Ao seu lado, estará o professor Wellington Pereira (Demid e PPGCOM/UFPB), que terá como tema a proposta do linguista Noam Chomsky, "Quer conhecer a mídia? Comece pelos donos". Também participará da mesa a jornalista e membro do Observatório, Maria Silva, apresentando os detalhamentos teóricos e metodológicos do projeto.

O projeto, de inciativa estudantil, já vem desenvolvendo pesquisas sobre a produção midiática paraibana desde o ano passado e tem como objetivo aprofundar a reflexão sobre a mídia do nosso estado. A proposta desenvolve atividades que estimulem a multidisciplinaridade e a crítica como ferramentas pedagógicas para o fortalecimento de uma perspectiva que cobre excelência da produção midiática.

Na semana de lançamento do Observatório, também será desenvolvida a “Oficina de Telejornalismo: construindo o observatório da mídia paraibana na TV”, que tem como proposta desenvolver um programa piloto do Observatório. A oficina será ministrada nesta terça (9), quarta (10) e quinta (11), gratuitamente, pela estudante Cybelle Soares e a jornalista Janaine Aires, membros do Observatório. Para fazer a sua inscrição, envie um email para coletivo.comjunto@gmail.com

Lagoa Seca realiza 2ª etapa de campanha contra paralisia infantil

Durante toda esta semana as unidades de saúde de Lagoa Seca estarão realizando a 2ª etapa de Vacinação contra a Paralisia Infantil.  A Coordenação de Imunização informa que no próximo sábado, dia 13, será o Dia D vacinação em crianças de 1 a 7 anos. Mesmo as que já se vacinaram na 1ª etapa, deverão ser levadas novamente as unidades de saúde mais próximas de suas casas para tomarem o reforço da vacina. Também está sendo aplicada em todas as crianças (na mesma faixa etária) a Tríplice Viral, que protege contra três doenças: Sarampo, Rubéola e Caxumba.

O alerta da Secretaria de Saúde do município é que a segunda dose seja aplicada para reforçar a imunização contra a doença. “É muito importante que as crianças recebam as duas doses da vacina, nosso apelo é para que os pais retornem as unidades de saúde trazendo seus filhos nesta segunda etapa”, comentou Ivanilde Costa, coordenadora de Imunização.

A primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil foi encerrada em todo Brasil no dia trinta de junho. Em Lagoa Seca, o último dia de vacinação aconteceu no dia 05 de julho. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde era vacinar 2.118 crianças, mas através do trabalho desempenhado pela Coordenação de Imunização e os profissionais das unidades de saúde, este número foi atingido em 100% da sua totalidade, com 2.120 crianças vacinadas, entre zero a cinco anos, o maior número de crianças imunizadas está na faixa etária entre 01 a 05 anos, que corresponde a 1.648; e menores de um ano vacinaram-se 474.

A Campanha neste ano de 2011 tem como slogan “Siga o Zé Gotinha e proteja a saúde das crianças”. A Secretaria de Saúde orienta para que o cartão de vacinação seja apresentado ao profissional de saúde que na ocasião deverá atualizar os dados da criança.

domingo, 7 de agosto de 2011

Rádios Comunitárias podem ofertar sinal de internet

Uma proposta em estudo pelo Governo Federal pode fazer com que as rádios comunitárias aumentem suas atribuições junto às comunidades. Além de continuarem a fazer o trabalho social que realizam, essas emissoras podem contribuir com a expansão da banda larga no país oferecendo internet para os cidadãos e órgãos públicos. Embora ainda se trate de uma ideia embrionária, membros do governo foram receptivos à possibilidade.

Pelo projeto, as emissoras comunitárias poderiam obter uma licença para oferecer internet em uma área específica, o que facilitaria o acesso à rede de pessoas de áreas rurais e periféricas. São mais de 4.200 rádios outorgadas no Brasil. E esse alcance pode aumentar, já que ainda existem muitos locais no país que têm direito a ter uma rádio, cerca de 30 mil localidades.

As rádios provedoras de internet continuariam a atuar sem fins de lucro, o que significa que elas poderiam oferecer o sinal de forma gratuita ou mesmo cobrar uma quantia apenas para cobrir os custos dos investimentos de transmissão. Segundo estudo feito pelo Instituto Bem Estar Brasil esse preço ao consumidor sairia em torno de R$ 15 por 1 megabyte (R$ 20 a menos do que foi acordado com as teles no Plano Nacional de Banda Larga).

O novo serviço interessaria às rádios porque essa oferta aumentaria a participação da comunidade na emissora, que poderia até criar espaços de formação para os cidadãos, como os telecentros. “Estaríamos contribuindo para universalização do serviço”, afirma Sóter, da Abraço. Além disso, as rádios teriam internet para seu próprio uso.

Embora o público a ser atendido por uma rádio provedora de internet deverá ser pequeno, o novo serviço criaria uma nova demanda que as emissoras teriam que dar conta para não prestarem uma internet de má qualidade. Para Sóter, essa é não é uma questão central. “Se você tem tecnologia e suporte técnico para orientar, não teria problema”, opina.

Licenças

Mas para que a ideia seja colocada em prática não é preciso apenas vontade política do governo. Atualmente a legislação cria empecilhos para que associações sem fins lucrativos consigam licenças para o Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), no qual está inserido a internet. Uma exceção foi criada para as prefeituras, por meio de um ato normativo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Essa mudança pode estar a caminho. Segundo o presidente do Instituto Bem Estar Brasil, Marcelo Saldanha, há um cenário favorável para isso. Um dos fatores é que está em discussão no Conselho Diretor da Anatel um projeto de revisão do regulamento do SCM. A conselheira Emília Ribeiro, relatora da proposta de novo regulamento, pretende diminuir o valor para licenças municipais de R$ 9 mil para R$ 400.

Outro fato que pode impulsionar a mudança na obtenção das licenças pode vir do próprio governo. Segundo Saldanha, se não houver uma flexibilização das regras para aumentar o número de provedores de internet no país, a Telebrás pode ter sua atuação limitada. Isso porque são cerca de 2,5 mil provedores e desses a maioria são pequenos e médios, que são os grandes interessados na utilização do link da empresa.

No entanto, segundo cálculos de Saldanha esses provedores não garantiriam a ampliação desejada da internet via Telebrás, forçando o governo a permitir entidades sem fins lucrativos obterem as licenças. “Se dobrar a capacidade de atendimento dos pequenos e médios provedores não chega a atingir 8 milhões de pessoas”, prevê. Não contabilizando, nesse caso, os cerca de 3 mil provedores clandestinos. No atual quadro, a oferta de banda larga no país é muito concentrada. Embratel/Net, Telefônica, Oi, CTBC e GVT controlam 95% do mercado de prestação desse serviço.

sábado, 6 de agosto de 2011

Zé Ramalho canta Beatles

Programado de chegar às lojas na próxima semana, o disco Zé Ramalho Canta Beatles é o quinto tributo que o paraibano apresta aos seus heróis. Após Raul Seixas, Luiz Gonzaga, Bob Dylan e Jackson do Pandeiro, Canta Beatles traz 16 faixas produzidas pelo próprio Zé com direção musical e programações do seu fiel escudeiro Dodô de Moraes. A capa faz homenagem ao disco With the Beatles, segundo disco do quarteto, lançado em 1963. No lugar do rosto dos ingleses, é o próprio Zé quem aparece quatro vezes. A ideia da capa foi do próprio cantor e foi finalizada pela designer Bady Cartier. O tributo vai ser lançado pelo selo Discobertas, de Marcelo Fróes. Foi pelo mesmo, inclusive, selo que o cantor lançou Canta Jackson do Pandeiro, Canta Luiz Gonzaga e a coletânea Zé Ramalho da Paraíba. Esta última tem um sabor especial para os fãs por conta do seu valor histórico. Ao longo de 23 faixas do disco duplo, pode-se encontrar as primeiras gravações do cantor de voz agreste quando ainda atendia pelo nome de Zé Ramalho da Paraíba. A mistura de rock, blues, psicodelia com os sons nordestinos fazem o tom de canções como Jacarepaguá Blues e Falido transatlantico. Entre as preciosidades ali contidas estão faixas ao vivo e em estúdio, muitas delas até então inéditas em CD. Os destaques ficam para O Astronauta, de Helena dos Santos e Édson Ribeiro, lançada por Roberto Carlos em 1970. Há ainda interpretações embrionárias de Avohai, Jardim das Acácias e Dança das Borboletas. Passeando pela ficha técnica é possível ainda ver a presença dos músicos da lendária banda pernambucana de rock psicodélico Ave Sangria. Ou seja, para os fãs da garimpagem musical e de Zé Ramalho, vale à pena conhecer este disco.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Lendo Canção: "Sou Seu Sabiá"


“Sou seu sabiá”, de Caetano Veloso, do disco Noites do Norte (2001), cujos versos nucleares dizem: “Se o mundo for desabar sobre a sua cama / E o medo se aconchegar sob o seu lençol (...) Escute a voz de quem ama ela chega aí (...) Eu sou / Sou seu sabiá / Não importa onde for / Vou te catar / Te vou cantar / Te vou, te vou, te dou, te dar (...) Que tenho a dar? / Só tenho a voz / Cantar, cantar, cantar, cantar”, é um excelente exemplo de metacanção.

Observando o plano temático do disco Noites do Norte – inspirado pela leitura de Caetano sobre o livro de memórias Minha formação, de Joaquim Nabuco – podemos tomar o sabiá-sujeito cancional como aquele elemento sonoro que surge para reconfortar, consolar, mimar o desterritorializado: o escravo de alguma saudade - seja a nostalgia pela pátria roubada, seja o medo diante do estado de sentir-se só no mundo.

O sabiá, através do canto que nunca se cansa do “uníssono com a vida”, tenta restituir a alegria do ouvinte distante de sua pátria, distante de si. Como sabemos, o banzo – o sentimento de não pertencimento – foi responsável por dizimar uma grande quantidade de escravos. É nessa dobra que o sabiá quer entrar e desdobrar outros sentidos para a vida do ouvinte.

Com um arranjo melódico que marca o tic tac de um relógio afetivo, do tempo que corre à revelia do ouvinte desencantado e insone, o sujeito de "Sou seu sabiá" sustenta - na voz, no canto - o ouvinte na vida. Ao final, a performance vocal de Caetano, com seus indefectíveis falsetes, digo, do sabiá, desenha o "uníssono com a vida": entra em um diálogo orgânico com a melodia. Verbo, música e vocoperformance se equilibram em uma única intensão metacancional. Um lance lindo de se ouvir e que reforça o desejo do sujeito da canção.

Aqui, mais uma vez podemos relacionar a obra cancional de Caetano Veloso à tradição literária, pois percebemos nesta canção uma referência direta ao poema “Canção do exílio”, do poeta romântico Gonçalves Dias, em que os primeiros versos tantas vezes parodiados e/ou citados dizem: “Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá”.

Ora, há no poema de Gonçalves Dias a voz de um sujeito que tenta amenizar a própria saudade através da lembrança e da exaltação das belezas da pátria amada e distante, enquanto que em "Sou seu sabiá" é o próprio sabiá - citado como um dos elementos da beleza da terra do sujeito de Gonçalves Dias - quem toma a palavra e canta o sujeito ausente da terra: restituindo-lhe à vida.

Esta inversão de voz discurssiva condensa a singularidade da canção de Caetano Veloso. O ouvinte não precisa voltar para lugar algum, pois o sabiá irá catá-lo seja onde for. Estabele-se entre quem fala (o sabiá) e quem ouve (o insone, o desterritorializado) um pacto ficcional em que um mantem-se vivo na atenção que produz no outro, reciprocamente. A voz que canta é a voz que ama. E vice-versa.

Ou seja, a razão de ser do sabiá está na existência de quem lhe ouve, ao mesmo tempo que o ouvinte precisa do cantar do sabiá para suportar a existência, a solidão irrefreável que acomete a todos nós. Passional, lenta, calma "Sou seu sabiá", para além da aliteração do título (em "s"), que figurativiza o canto, quer se aproximar do estado melancólico do ouvinte para daí removê-lo, como sugerem os tambores quase inaldíveis no final da canção.

Dito de outro modo: o texto da canção de Caetano Veloso destaca-se, dentre as outras paródias já feitas sobre o poema de Gonçalves Dias, por inverter o agente enunciador da mensagem. E, além disso, porque a superfície do texto parodiado só é percebida pela reminiscência: na delicadeza. Tudo está no plano do afeto, da memória: reserva da identidade.

Ao catar e cantar o outro - não importa onde for, pois, neosereia, ele pode ser levado na palma da mão e acessado em qualquer lugar - o sabiá (sereia) entrega o outro a si mesmo. Afinal, o que resta à sereia, ao sabiá, ao cantor a não ser cantar? Eis a contrapartida do pacto: se enquanto canta o sabiá sustenta o ouvinte na vida; ter quem cantar, por sua vez, insere o sabiá no mundo.


Sou seu sabiá(Caetano Veloso)

Se o mundo for desabar sobre a sua cama
E o medo se aconchegar sob o seu lençol
E se você sem dormir
Tremer ao nascer do sol
Escute a voz de quem ama
Ela chega aí

Você pode estar tristíssimo no seu quarto
Que eu sempre terei meu jeito de consolar
É só ter alma de ouvir
E coração de escutar
Eu nunca me canso do uníssono com a vida

Eu sou
Sou seu sabiá
Não importa onde for
Vou te catar
Te vou cantar
Te vou, te vou, te vou, te dar

Eu sou
Sou seu sabiá
O que eu tenho eu te dou
Que tenho a dar?
Só tenho a voz
Cantar, cantar, cantar, cantar

Por Leonardo Davino,
Pesquisador e ensaísta, mestre em Literatura Brasileira,
com projeto de doutorado sobre Canção e Teoria da Literatura.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Semana Curta Campina chega à terceira edição neste dia 8

Cinco dias de exibição e debates de filmes produzidos em Campina Grande. Na sua terceira edição, a Semana Curta Campinapossibilitará ao público apreciar dezenas de obras produzidas na região. A mostra será realizada de 8 a 12 de agosto, sempre às 19 horas. A entrada é gratuita.
Logo após as exibições dos filmes, haverá uma conversa entre os cineastas e o público. O intuito é contribuir para o enriquecimento da produção e possibilitar o acompanhamento da produção cinematográfica local, que está se intensificando a cada ano, mas, na ausência de espaços disponíveis, ainda encontra dificuldades de escoamento.

A Semana Curta Campina é uma mostra de cinema que surgiu em 2009 e tem o objetivo de incentivar a produção de cinema local, proporcionando um espaço de exibição e discussão dos curtas metragens. A cada edição, o número de obras inscritas na mostra e o público participante vem aumentando. Este ano, inclusive, foram abertos espaços para produções de outras cidades  como Aparecida, Guarabira e Sousa.

A III Semana Curta Campina é uma realização do Sesc Paraíba. Mais informações pelo telefone (83) 3341-5800, pelo e-mail culturasesccg@gmail.com ou no Sesc Centro Campina Grande, na Rua Giló Guedes, 650, Santo Antônio.
Confira a programação completa da III Semana Curta Campina:

08 de Agosto – 19 horas (Classificação indicativa: 12 Anos)
A Fábrica das Gravatas, de Erik Medeiros
A Troca, de Samantha Pimentel
Ensaio, de Altiéres Estevam
Maria do Caixão, de Hildeberto Figueiredo

09 de Agosto – 19 horas (Classificação indicativa: 12 Anos)
O Homem e a Serra, de Luiz Cacau
Estrelando José Sawlo,  de Leandro Alves
Hoje Tem Espetáculo?, de Leandro Alves
O Prazer em Cartaz, de Sandro Mangueira (Classificação indicativa: 18 Anos)

10 de Agosto – 19 horas (Classificação indicativa: 12 Anos)
Tempere a Gosto, de Raisa Meira
Namoro de Simpatia, de Fabiana Melo
O Bom Baiano, de Wellyton Queiroz, Sílvio César, Bruno Leandro

11 de Agosto – 19 horas (Classificação indicativa: 12 Anos)
22 Anos, de Anne Emanuelle
Quando eu Crescer, de Emmanuel Dias
Isso não é uma Canção de Amor!, de Hildeberto Figueiredo
Concreto, de Jaime Guimarães

12 de Agosto – 19 horas (Classificação indicativa: 12 Anos)
Nóia, de Erik Medeiros
Nóia 2, de Erik Medeiros
A Foca do Judeu, de Altiéres Estevam
Peregrinos, de Adeilton Costa e Ítalo Jones

Comunicação como Direito Humano

Existe um enorme fosso entre a realidade das pessoas, especialmente as mais pobres ou empobrecidas e seus direitos mais elementares, como educação pública, gratuita e de qualidade, saúde nessa mesma condição, água, energia, segurança, trabalho, habitação, transporte, entre tantos outros. Esse abismo social tem como base a falta do simples conhecimento de que todo ser humano é um ser de direitos, isto é, ele só se torna humano e tem vida digna com o pleno acesso e exercício desses direitos fundamentais.

Ocorre que há um direito que o cidadão desconhece e, como ele é fundamental para a exigência e o exercício dos demais direitos, talvez esse fosso entre o ser humano e o conhecer e exercer seus direitos básicos pareça intransponível. Refiro-me ao direito elementar e basilar: o de comunicação. Entende-se como comunicação o direito de não apenas receber informações, tornando-se um receptor passivo, mas principalmente refletir sobre elas e fundamentalmente reagir, produzir, emitir, falar. Comunicação é antes de tudo diálogo, frase que faz lembrança ao grande mestre Paulo Freire. Comunicação deriva do verbo latino comunicare, isto é, tornar comum, participar ao outro, falar.

Assim, diante dos meios de comunicação de massa, como rádios, tvs e jornais, nós nos comunicamos, isto é, respondemos as suas mensagens, mas nem sempre de forma dialógica e nem reflexiva, muito pelo contrário. Respondemos sem se aperceber à medida, por exemplo, que consumimos avidamente produtos e serviços. Pior mesmo é que não são apenas produtos e serviços, engolimos muito mais ideias e que vão formar “nossa opinião”, que de nossa, pouco há. As mensagens midiáticas são ingeridas como verdades e elas determinam nossa atuação ou omissão social, neste último caso, omissão diante de outros direitos elementares para uma vida digna.

O problema é que a quase totalidade da mídia comercial no Brasil é dominada por 11 famílias, que homogeneíza o pensamento social sobre agendas e temas da sociedade, tudo para atender interesses dos grandes grupos econômicos e garantir a existência do enorme fosso social entre o ser humano e seus direitos, isto é, mantendo a situação como está. Se o cidadão não tem acesso às informações plurais, várias versões sobre os fatos do cotidiano, certamente não terá condições de refletir sobre eles, e é obrigado a engolir uma versão única que será reproduzida passivamente. Em outras palavras, não há diálogo, participação, isto é, não há comunicação.

Assim, fundamental que o cidadão compreenda que ele tem o direito à comunicação e que o exercício desse direito é vital para vida plena em sociedade. Mais importante ainda é que compreenda que comunicar não significa receber passivamente informações, especialmente as midiáticas, mas o direito de refletir e desconfiar delas, e principalmente de produzir, falar e ser visto, ou seja, cada um de nós podemos e devemos ser provedores de informações, especialmente àquelas que remem contra a ditadura do pensamento único, imposto subliminarmente pela grande maioria da mídia comercial. Talvez a democratização dos meios de comunicação no Brasil comece pela compreensão de que todo cidadão têm e deve exercer o livre direito à comunicação, o que vai tirá-lo da invisibilidade e não permitir a invenção de uma realidade que não é sua.

Movimento NOVOS RUMOS / ABRAÇO-PB

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

hl.com vai tá lá pra conferir tudo...

Caminhos do Frio: Serraria oferece 'natureza e engenhos'

Famosa pela sua paisagem serrana e também pelo clima agradável, Serraria é segunda cidade no roteiro Caminhos do Frio- Rota Cultura, até domingo, dia 07, com apresentações de grupos de cultura popular, seresta, festival gastronômico e shows musicais.  Entre as atrações estão Clã Brasil, Os Três do Xamego, Banda Sinfônica da UFPB, espetáculo Paraíba Sim Sinhô, Circo Arlequin e a Exposição fotográfica ‘Mel do Sal’, de Gustavo Moura, entre outros.
 
Serraria fica a 137 quilômetros da capital, em distância rodoviária, e está assentada na parte mais alta da cordilheira oriental da Borborema, numa altitude de 526 metros em relação ao nível do mar. Nos primórdios da povoação do município, em meados do século VXIII, a região teve vastas florestas, tornando verdejantes os vales que adornam os velhos engenhos da então aristocracia rural.

A herança cultural dos senhores de engenho é representada por relíquias históricas como os Engenhos Baixa Verde e Martiniano. Com seu aspecto original preservado, tais monumentos têm uma arquitetura imponente, guardando em seu aspecto original, elementos como capela, casa curada, casa grande e gradis.
 
Nas proximidades, é possível também conhecer a floresta denominada Mata do Grilo, que guarda uma atração especial: a Pedra da Furna, antiga residência de índios. Destaca-se também o Engenho Pousada Laranjeiras, instalado num ambiente característicamente rural, onde os visitantes podem desfrutar dos confortos e serviços de um hotel fazenda.
 
Para consultar a programação completa do ‘Caminhos do Frio 2011’ na web e acompanhar as últimas notícias do eventobasta o endereço é www.caminhosdofrio.com. No espaço o visitante pode consultar, além da programação, informações úteis sobre distâncias da capital até as cidades, hospedagem e história dos municípios.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Prefeitura conclui reforma de escolas no município

A prefeitura municipal de Lagoa Seca conclui até o final desta semana, as obras de reformas e ampliações em mais três unidades de ensino que funcionam no município. Desta vez, as comunidades beneficiadas foram os sítios Araticum, Covão e o bairro Bela Vista. Nas ações, o governo municipal está investindo mais de R$ 60 mil em recursos destinados a melhorias na infraestrutura dos educandários.

No Araticum, os técnicos trabalham em ritmo acelerado para deixar pronta a Escola Municipal José Batista Brandão, que atende a 63 alunos inseridos no Ensino Fundamental. Lá, a prefeitura murou totalmente a unidade, construiu passarelas cobertas, e, também revestiu todo o piso do prédio com cerâmicas. A ampliação ficou por conta da construção de uma nova cozinha, almoxarifado, secretaria e sanitários para alunos e funcionários. Todo o projeto está inserido nas normas de acessibilidade, com rampas e vasos específicos para crianças e portadores de necessidades especiais. Ainda foram instaladas grades de proteção, calçadas e caixa d’água. As estruturas das redes elétrica e hidráulica também foram repostas.

No sítio Covão, a Escola José Benedito de Lima também passa por reformas. Todo o telhado na unidade foi revisado, o piso de todos os departamentos foi revestido com peças de cerâmica antiderrapantes, um novo muro de proteção foi construído e uma passarela coberta, que dá acesso as salas de aula também foi erguida. A cozinha também foi restaurada e mais dois sanitários foram construídos e adaptados.

Na zona urbana, a comunidade beneficiada é o bairro Bela Vista que possui atualmente mais de 400 famílias. Na Escola Municipal José Marques de Oliveira, a obra que durou cerca de três meses, promete melhorar e muito a vida de educadores e dos 186 alunos matriculados no educandário. O prédio foi totalmente reformado e ganhou uma área de ampliação. Um novo muro, uma sala de aula e mais três sanitários foram construídos. A cozinha foi ampliada, com a construção de depósitos para merenda e materiais de limpeza. Todo o pátio da unidade de ensino foi coberto, com a implantação de rampas de acesso para portadores de necessidades especiais e adaptados.

De acordo com o secretário Iremar Souto Monteiro, as reformas fazem parte de um projeto desenvolvido pela gestão municipal que uni a capacitação dos profissionais, com a melhoria da infraestrutura de trabalho. “Este é o compromisso que o prefeito Edvardo, desde o início de sua gestão, tem como os educadores. Temos que saber unir. Os professores devem estar qualificados, bem remunerados e terem um local digno para aplicar seus conhecimentos” comentou.

O chefe da pasta da Educação e Cultura ainda adiantou que novas unidades de ensino deverão ser reformadas nos próximos dias. “Já a partir da semana que vem, vamos começar com as obras de recuperação da Escola Municipal José Laurentino de Carvalho, no Almeida I. Lá vamos fazer uma grande obra, que irá beneficiar alunos, professores e também a comunidade” esclareceu Iremar Souto.

VII Conferência da Assistência Social

O ano de 2011 se consolida como o momento das grandes conferências, sejam elas municipais, estaduais ou federais. Dessa forma, o município de Lagoa Seca já realizou este ano duas delas: a primeira foi a IV Conferência Municipal de Saúde que aconteceu no mês de junho e teve como tema ‘Acesso e Acolhimento com Qualidade: Um Desafio para o SUS’. No último dia 22 de julho, foi realizada a I Conferência do Idoso, que trabalhou o tema ‘O Compromisso de Todos por um Envelhecimento Digno no Brasil’.

Ao dar continuidade às reflexões estabelecidas pelos confrontos de idéias apresentados durante a realização destas palestras, a secretaria de Ação Social realizará na próxima sexta-feira, dia 05, a VII Conferência da Assistência Social que terá como eixo de reflexão a ‘Consolidação do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e a Valorização dos seus Profissionais’.

O encontro entre todas as instituições, secretarias e órgãos de assistência social acontecerá no Centro de Eventos Maristas, a partir das 08h00. A convocação para a conferência aconteceu por meio do Poder Executivo e do Conselho Municipal de Assistência Social que tem como presidente o secretário, Iran Stênio Barbosa.

Durante a manhã da próxima sexta, o debate será em torno da palestra do presidente estadual do Conselho de Assistência Social, Daniel de Sousa Lira, que deverá discutir as melhorias propostas para o Sistema Único de Assistência Social e o desenvolvimento de políticas de valorização dos profissionais desta área. À tarde, serão realizados trabalhos em grupos temáticos, para envolver todos os seguimentos nas propostas apresentadas às entidades presentes, com o intuito de levantar direcionamentos para as etapas estadual e federal. O encontro deverá ser encerado por volta das 16h00. 

Lançamento do Observatório da Mídia Paraibana

O Observatório da Mídia Paraibana convida estudantes, professores, profissionais e toda a sociedade para o lançamento público de suas atividades no semestre 2011.2. Para compor a mesa de abertura, teremos a presença do professor Claúdio Paiva (Decom e PPGCOM/UFPB), que falará sobre “O Observatório da Imprensa e a Crítica da Mídia na Era Digital”. Ao seu lado, estará a jornalista e membro do Observatório, Maria Silva, que apresentará os detalhamentos teóricos e metodológicos do Observatório.
 
A atividade será realizada na noite do dia 8 de agosto de 2011, no Auditório do Centro de Educação, da Universidade Federal da Paraíba. O lançamento acontecerá dentro da programação de recepção de feras organizada pelo Coletivo COMjunto.
 
Também desenvolveremos a Oficina de Telejornalismo: construindo o observatório da mídia paraibana na TV, cuja proposta é desenvolver o programa piloto do Observatório. A oficina será ministrada nos dias 9, 10 e 11 de agosto, gratuitamente, por Cybelle Soares e Janaine Aires, membros do Observatório.
 
O projeto já vem desenvolvendo pesquisas sobre a produção midiática paraibana desde o ano passado e tem como objetivo aprofundar a reflexão sobre a mídia do nosso estado, entendendo que isto é fundamental para a construção de uma comunicação verdadeiramente democrática e popular.

Serviço:
Lançamento do Observatório da Mídia Paraibana
8 de agosto |
19h | Aud. Centro de Educação - UFPB|
Atividade aberta e gratuita
Oficina de Telejornalismo: construindo o Observatório da Mídia Paraibana na TV
9,10 e11 de agosto|
19h | UFPB |
Vagas limitadas inscrições gratuitas

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Músicos poderão exercer profissão sem registro

Assim como os jornalistas, os músicos podem exercer a profissão livremente sem ter registro ou licença da entidade representativa da categoria, a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB). "A música é uma arte, é algo sublime, próximo da divindade. Tem-se talento para a música ou não se tem", afirmou a relatora do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie. Ela fez questão de revelar que não tem dom para a música, mas que aprecia a arte.

Em 2009, o STF concluiu que era inconstitucional exigir diploma para a prática do jornalismo. A decisão sobre os jornalistas foi citada no julgamento de hoje, dos músicos. Segundo Ellen Gracie, qualquer restrição ao exercício de uma atividade só se justifica se houver interesse público, como ocorre em profissões como médico, engenheiro e advogado.

O STF chegou a essa conclusão ao julgar e rejeitar um recurso do Conselho Regional da OMB em Santa Catarina contra decisão da Justiça do Trabalho que já tinha entendido que a atividade de músico é livre e não depende de registro ou licença. A decisão do STF foi baseada em dispositivo da Constituição Federal que garante a livre expressão da atividade intelectual e artística.

O tribunal deverá se pronunciar mais detalhadamente sobre a atividade de músico ao julgar uma ação movida pela Procuradoria Geral da República que questiona lei de 1960 que regulamentou a profissão de músico. De acordo com a procuradoria, as regras estabelecidas pela lei são flagrantemente incompatíveis com a liberdade.

Lagoa Seca: MEC bloqueia recursos da merenda escolar

O Ministério da Educação bloqueou os recursos destinados a aquisição de alimentos do programa de merenda escolar do município de Lagoa Seca, no Agreste paraibano. A determinação, confirmada pela Secretaria de Educação da cidade, foi motivada por problemas na prestação de contas do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) referente aos anos de 1999 e 2000. De acordo com o MEC, os gestores que atuavam na época, não encaminharam os balancetes em tempo hábil e por isso, a conseqüência foi a suspensão parcial do todos os recursos que seriam enviados repassados no último mês de julho. Com isso, 4.329 alunos da rede pública municipal de ensino estão sem merenda nas 33 unidades educacionais existentes no município.

A informação do bloqueio chegou à semana passada e pegou de surpresa o secretário da pasta. Iremar Souto Monteiro informou que apesar do problema ter sido gerado há mais de dez anos, somente agora o MEC resolveu contestar, o que está prejudicando, de forma direta, a toda a comunidade escolar. “Infelizmente o problema é antigo, no entanto, as conseqüências estão sendo sentidas agora. O Ministério da Educação nos informa que as prestações de contas da merenda escolar referente aos anos de 1999 e 2000 nunca chegaram ao setor responsável, por isso, o município hoje, encontra-se inadimplente, e com todos os recursos do programa específico bloqueados. Desde que tomamos conhecimento, tanto eu, quanto o prefeito Edvardo Herculano ficamos preocupados e acionamos a assessoria jurídica do município” comentou o secretário de educação.

Os recursos bloqueados estão inseridos no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e correspondem a todo o valor que o município de Lagoa Seca gasta mensalmente com compra de produtos para merenda. Com a medida, cerca de R$ 30 mil já deixaram de ser encaminhados e a preocupação é os recursos do mês de Agosto, também sofram interrupções. “Estamos seguindo a orientação do próprio MEC e ainda nesta segunda-feira, estaremos entrando com um Mandado de Segurança para reaver a situação do município. Nenhuma de nossas prestações de contas, em pouco mais de 6 anos de administração, tiveram problemas, mas, como o município tem essa pendência de dez anos atrás, estamos pagando o preço da irresponsabilidade dos gestores anteriores” comentou o prefeito Edvardo Herculano de Lima.

Atualmente, o município de Lagoa Seca possui 33 unidades educacionais em pleno funcionamento. São 31 escolas (sendo 04 na zona urbana e 27 na zona rural) e mais 02 creches (01 na zona urbana e 01 na zona rural) e um total de 4.329 alunos que estarão a partir de hoje, sem o auxílio da merenda escolar.
Por causa da situação, as aulas sofreram modificações e deverão acontecer em um único turno, ou seja, sem o intervalo, e os alunos, liberados mais cedo.

Em Lagoa Seca, 30% dos recursos destinados ao programa de merenda escolar, são gastos com a aquisição de produtos da agricultura familiar local, que escolhidos por uma nutricionista e são inseridos no cardápio das escolas. Com o bloqueio, 19 famílias que participam do PNAE também será penalizadas. Todos os anos, o projeto encaminha mais de 56 toneladas de alimentos as unidades de ensino em funcionamento no município.