sexta-feira, 29 de abril de 2011

Zé Ramalho (re)encontra Luiz Gonzaga

Depois de um ótimo tributo a um dos grandes pilares do rock - Bob Dylan -, Zé Ramalho se volta às suas origens regionais no seu segundo lançamento em menos de um ano. No embalo do São João, Zé Ramalho lança um disco junino, mas baseado em um projeto todo peculiar. Zé Ramalho Canta Luiz Gonzaga (Sony-BMG, R$ 23, em média), que acaba de chegar às lojas, compila 12 faixas gravadas pelo paraibano nos últimos 20 anos.

Não tem mistério: o CD reúne músicas de Luiz Gonzaga, gravadas por Zé Ramalho e lançadas em discos como Brasil Nordeste (1991) e Nação Nordestina (2000). Mas a escolha do repertório não foi ao acaso. Por trás da seleção está o jornalista e pesquisador Marcelo Fróes, que tocou o processo de garimpagem para o seu selo, Discobertas, com o carinho de um tributo aos 20 anos de morte do Rei do Baião.

Como pesquisador, Marcelo tem recuperado, em primorosas edições em CD, parte do cancioneiro esquecido da nossa MPB. Entre seus feitos, inclua-se um trabalho anterior de Zé Ramalho, o álbum Zé Ramalho da Paraíba, O Trovador Solitário, de Renato Russo, e Chiclete Com Banana, compilação lançada no ano passado, com as gravações que Jackson do Pandeiro fez na antiga Columbia, entre 1958 e 1960.

O repertório de Zé Ramalho Canta Luiz Gonzaga resgata grandes sucessos do velho Lua, como “Asa Branca” (que se repete no medley “Baião/ Imbalança/ Asa Branca”), “Paraíba” (que aparece duas vezes, sozinha e junto com “Boiadeiro”) e a dobradinha “Olha pro Céu/ São João da Roça”, gravada ao vivo em Campina Grande para a coletânea O Melhor do Forró no Maior São João do Mundo, lançada em 2000 pela BMG.

Em meio às canções que vai fazer você e sua família dançarem quadrilha na sala de estar, o CD recupera quatro duetos: dois com Dominguinhos, um na divertida “Não vendo, nem troco” e outro em “Pau de arara”; com Xuxa em “ABC do Sertão” e com o próprio Luiz Gonzaga em “Fica mal com Deus”, incluída no álbum Duetos, lançado em 2004.

Além disso, Zé foi ao estúdio registrar uma versão inédita para “Amanhã eu vou”, que abre o disco. A faixa, creditada a Gonzagão e Beduíno, data de 1951 (lançada por Elba Ramalho em 1981) e foi gravada em apenas três horas. “Zé Ramalho e seus músicos de fé gravaram esta pérola e mostraram como pode ser prazeroso gravar como nos velhos tempos”, comenta o próprio Marcelo Fróes.

“O repertório de Lua na voz de Zé Ramalho parece um disco conceitual bem produzido. E, por isso, nada melhor que completar as 12 faixas, como em um bom e velho LP, com uma gravação atual e inédita”, indica o jornalista.

Zé Ramalho Canta Luiz Gonzaga é o terceiro título da série ‘Zé Ramalho Canta’. Começou lá atrás com Zé Ramalho Canta Raul Seixas (Sony-BMG, 2001) e passa por Zé Ramalho Canta Bob Dylan (EMI, 2008). Para o novo projeto, Zé Ramalho posou com chapéu de cangaceiro e, pela primeira vez, aparece sorrindo em uma capa de disco.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Especial das Seis - Vitrine Brasil

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Museu Pedro Américo será reaberto nesta sexta-feira em Areia

Após 106 anos da morte do pintor paraibano Pedro Américo será reaberto nesta sexta-feira, (6), no município de Areia, cidade do brejo paraibano, o 'Museu Casa Pedro Américo'. O museu funciona na residência onde nasceu o artista. No local estão réplicas de suas obras além de objetos que pertenceram ao mais ilustre pintor e poeta da Paraíba. Logo após a reinauguração será realizado um 'Sarau Artístico' no Solar José Rufino com lançamento do livro ‘O Festival de Artes - Areia/PB’, da série Preservação e Desenvolvimento da Monumenta. O evento conta com apoio do Sebrae Paraíba.

A ação marca as atividades comemorativas ao aniversário do artista, comemorado no dia 29 de abril, que teve início com a exposição temporária ‘Pedro Américo de Areia’.
Inaugurado em 1943 para preservar viva a memória do mais ilustre filho de Areia, o Museu Casa Pedro Américo faz parte do Patrimônio Histórico Cultural do município. Durante pouco mais de seis meses em que permaneceu fechado, a Associação dos Amigos de Areia (AMAR), com apoio do BNDES, revitalizou toda a estrutura do telhado e adequou-se para receber a única obra original em óleo sobre tela de Pedro Américo que o Museu possui, "O Cristo Morto". A obra será reintegrada ao acervo do Museu na cerimônia de abertura, após sua restauração por técnicos do MNBA. Também serão expostos desenhos originais inéditos do artista que estiveram guardados durante todos esses anos.

Para Lúcia Germana, coordenadora do ponto de cultura Viva o Museu, trata-se de um importante momento para o desenvolvimento do turismo cultural, que tem sido o ponto forte do município de Areia. "O projeto já revitalizou o Museu do Brejo Paraibano, também conhecido como Museu da Rapadura, e nesta etapa recupera o Museu Casa de Pedro Américo e brevemente o Museu Regional de Areia irá receber as melhorias necessárias. Além desse trabalho físico nos museus da cidade, investimos na capacitação dos monitores e guias turísticos, com o objetivo de fortalecer toda a cadeia do turismo cultural", revelou Lúcia.

História preservada

Mais do que estimular o turismo cultural, a revitalização dos museus refletem na preservação do patrimônio histórico e cultural da Paraíba, que há muito se encontrava desgastado pela ação do tempo e vulnerável à depredação. As melhorias se refletem também na identificação das peças, sinalização dos ambientes e recuperação do acervo, facilitando o trabalho dos monitores, condutores e guias turísticos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Alceu Valença sai em desfesa de Chico César na defesa da cultura regional

O texto, intitulado "O Forró Vivo", foi publicado no site oficial do cantor e compositor pernambucano.

Vejo com muito bons olhos – olhos atentos de quem há décadas observa os movimentos da cultura em nosso país – a iniciativa do Secretário de Cultura do Estado da Paraíba, Chico César, de “investir conceitualmente nos festejos juninos”, segundo comunicado oficial divulgado esta semana. Além de brilhante cantor e compositor, Chico tem se mostrado um grande amigo da arte também como um dos maiores gestores da cultura desse país.

A maneira mais fácil de dominar um povo – e a mais sórdida também – é despi-lo de sua cultura natural, daquilo que o identifica enquanto um grupamento social homogêneo, com linguagens e referências próprias. Festas como o São João e o carnaval, que no Brasil adquiriram status extraordinariamente significativo, tem sido vilipendiadas com a adesão de pretensos agentes culturais alienígenas mancomunados com políticas públicas mercantilistas sem o menor compromisso com a identidade de nosso povo, de nossas festas, e por que não, de nossas melhores tradições, no sentido mais progressista da palavra.

Sempre digo que precisamos valorizar os conceitos, para que a arte não se dilua em enganosas jogadas de marketing. No que se refere ao papel de uma secretaria ou qualquer órgão público, entendo que seu objetivo primordial seja o de fomentar, preservar e difundir a cultura de seu estado, muito mais do que simplesmente promover eventos de entretenimento fácil com recursos públicos. É preciso compreender esta diferença quando se fala de gestão de cultura em nosso país.

Defendo democraticamente qualquer manifestação artística, mas entendo que o calendário anual seja largo o suficiente para comportar shows de todos os estilos, nacionais ou internacionais. Por isso apóio a iniciativa de Chico em evitar que interesses mercadológicos enfiem pelo gargalo atrações que nada tem a ver com os elementos que fizeram das festas juninas uma das celebrações brasileiras mais reconhecidas em todo o mundo.

Lembro-me que da última vez que encontrei o mestre Luiz Gonzaga, num leito de hospital, este me pedia aos prantos: “não deixe meu forrozinho morrer”. Graças a exemplos como o de Chico César, o velho Lua pode descansar mais tranquilo. O forró de sua linhagem há de permanecer vivo e fortalecido sempre que houver uma fogueira queimando em homenagem a São João.

Alceu Valença

Cidade de Mari será palco do lançamento da Turnê Nacional da Trupe Arlequim


No próximo sábado, 30, a cidade de Mari, PB, será palco do lançamento da 2ª Etapa da Turnê Nacional do Espetáculo “Nada, Nenhum e Ninguém...” do COLETIVO paraibano de Circo e Teatro Trupe ARLEQUIN e Grupo GECA.

O espetáculo será realizado às 20h00, em praça pública (igreja matriz) como parte  da programação esportiva e cultural promovida pela Prefeitura da cidade, em comemoração ao dia do trabalho.
 
Depois de apresentar-se no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país, a Turnê Nacional do espetáculo “Nada, Nenhum e Ninguém...” do COLETIVO paraibano de Circo e Teatro Trupe ARLEQUIN e Grupo GECA finalizará em São Paulo nos dias 13, 14 e 15 de maio no Teatro de Arena Eugênio Kusnet. 

Ganhador do Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2010 com o projeto Um Teatro de Celebração!, o COLETIVO já passou por Goiás e Rio de Janeiro e traz em sua caravana o workshop “O Corpo Poético do Ator”, onde são experimentados os conceitos da mimese corporal no processo criativo do ator até a cena, não limitando a atuação apenas ao texto. Todas as atividades são gratuitas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Veja o que Ariano Suassuna acha do famigerado Forró de Plástico

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade. 

Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Nomes do Nordeste - Bráulio Tavares

A partir de hoje iniciaremos uma série de postagens em vídeos retratando os grandes nomes de nossa cultura regional, em seus diversos segmentos. Os programas são do Centro de Cultura do Banco do Nordeste. 

O programa que apresentamos na estréia de Nomes do Nordeste em nosso Blog foi gravado no Cine Teatro do CCBNB, em Fortaleza, CE, no dia 25 de outubr de 2005. O apresentador do Programa é Orlângelo Leal, ator, dramaturgo, cantor e compositor.

Começaremos com o paraibano Bráulio Tavares, que fala sobre seu ofício de escrever e o prazer de trabalhar com trabalhos literários.

Nascido em Campina Grande, na Paraíba, Bráulio Tavares é um artista múltiplo: escritor, poeta, autor de ficção científica, colunista de jornal, músico, compositor, intérprete, teatrólogo, diretor, roteirista de espetáculos musicais, roteirista de cinema e TV e pesquisador da cultura popular. Já teve composições gravadas por nomes como Elba Ramalho, Lenine e Antonio Nóbrega. Escritor de obras tão próximas da tradição e do passado histórico e ao mesmo tempo voltadas para a imaginação de um futuro ainda distante, Bráulio possui uma intensa produção literária que inclui obras como: A Máquina voadora e a espinha dorsal da memória.




Brasil abre consulta pública sobre mudança na Lei de Direito Autoral

Os interessados em contribuir com a elaboração do projeto de lei com o qual o Ministério da Cultura irá propor mudanças na Lei de Direito Autoral têm até sábado (30) para enviar as sugestões à Diretoria de Direitos Intelectuais do ministério.

O anteprojeto de lei que o ministério abre para consulta pública a partir de hoje (25) indica sete pontos que, segundo a diretoria, necessitam ser aperfeiçoados para regulamentar o uso não apenas de textos literários, de composições musicais, fotografias, mas também de obras intelectuais como sermões, conferências, programas de computador. A finalidade também é aumentar a proteção dessas obras.

Os sete pontos em destaque tratam das limitações aos direitos do autor; usos das obras na internet; reprografia das obras literárias; gestão coletiva de direitos autorais; supervisão estatal das entidades de cobrança e distribuição de direitos; unificação de registro de obras e controle de obras feitas sob encomenda.

Após o fim do prazo da consulta, o anteprojeto será debatido no Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC), em audiências públicas nas comissões de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e do Senado e em ao menos um evento público que o ministério promete realizar no final de maio. A previsão é que o projeto de lei resultante de todo o debate público seja enviado à Casa Civil em 15 de junho para, então, ser encaminhado ao Congresso Nacional.

As contribuições deverão ser encaminhadas em formulário específico disponível no site do ministério (www.cultura.gov.br) para o e-mail revisao.leiautoral@cultura.gov.br. Quem preferir pode enviar o formulário para a Diretoria de Direitos Intelectuais (DDI/MinC), no endereço SCS Quadra 09, Lote C, Ed. Parque Cidade Corporate – Torre B, 10º andar, CEP: 70.308-200, Brasília (DF).

De acordo com uma pesquisa divulgada há uma semana pela Consumers International, o Brasil tem a quarta pior legislação de direitos autorais entre os 24 países avaliados. Segundo a organização composta por órgãos de defesa do consumidor de vários países, o Brasil ficou à frente apenas da Tailândia (a pior situação), Chile e Reino Unido. Na avaliação da entidade, nesses lugares, as leis de propriedade intelectual castigam os consumidores, dificultando-lhes o acesso a serviços e produtos culturais. No Brasil, o levantamento foi feito com a contribuição do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

O relatório da Consumers International destaca que os países em desenvolvimento são os que detêm as leis mais prejudiciais ao consumidor. Uma das críticas feitas é a punição excessiva prevista aos consumidores considerados infratores da lei quando realizam tarefas cotidianas como, por exemplo, transferir arquivos de um equipamento para o outro, para uso pessoal. Por outro lado, não há qualquer punição prevista aos fornecedores que cerceiam os direitos do consumidor.
 
Ascom com hl.com

domingo, 24 de abril de 2011

Mayanna Neiva gostava de se passar por menina de rua

Natural de Campina Grande, Mayanna Neiva foi Miss Paraíba em 2003. Em entrevista no Programa do Jô, da Rede Globo, np último dia 21, a atriz revelação fala de coisas interessantes de sua vida. Dentre algumas, contou que nunca levou jeito para miss e que sempre foi muito destrambelhada, mas topou participar do concurso de beleza para atrair espectadores para a sua peça, “Hello, boy”.

Na entrevista, disse que em dos eventos que teve de participar foi um encontrou com o então governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Sua mãe havia separado uma flor branca para ela dar de presente a Alckmin. No dia, ela se esqueceu da flor e resolveu presentear o governador com um cordel de sua autoria, que recitou também no programa a pedido do Jô.

A atriz contou que uma das brincadeiras preferidas na infância era se fazer passar por menina de rua. Ao lado das irmãs, pedia dinheiro na vizinhança. Aos 14 anos, sonhando ser astronauta, fez um curso de astrofísica infanto-juvenil. Aos 15 anos, sua paixão pelos Beatles a fez começar a estudar inglês e, posteriormente, dar aulas.

Mayanna também já teve banda, a “Evoeh”. No telão, foram mostradas fotos dela como miss e duas fotos como a onça Caetana, personagem de “A pedra do reino”, de Ariano Suassuna.

Confira a entrevista:

sábado, 23 de abril de 2011

Roberto Carlos - O Intérprete

As canções de Roberto Carlos fazem parte da minha formação musical, muito antes de imaginar o real significado da música em minha vida.

Desse modo, as canções que tocavam no rádio, que soavam no alto falante do parque de diversões em Diamante, minha cidade natal, enfim, o universo musical desse grande intérprete chegou mais forte em mim, quando apresentei o Programa Roberto Carlos Em Detalhes, na Rádio Ypuarana FM, marco histórico em minha vida, pelas fortes emoções vividas.

Na verdade, as canções do rei fazem lembrar os bons momens de romantismo, amores perdidos, desilusões, saudades e tristeza. Foram esses sentimentos que permearam essas duas seleções, que apresentamos a seguir, como brinde a todos que nos acompenharam na programação da emissora acima citada.

Sempre gostei do Roberto cantor. Na seleção que segue abaixo, optei por deixar de lado seu lado compositor, e revelar seu lado intérprete. E pesquisando seus primeiros trabalhos, descobri músicas de Dolores Duran e Dorival Caymmi, que sequer imaginava terem sido  gravadas por ele, bem como reouvir algumas que já estavam quase esquecidas, e que só chegavam até a mim em vozes de outros cantores.

Grande parte desse repertório já foi revisitado pelos grande intérpretes brasileiros, que não se cansam de revirar o báu das pérolas gravadas por ele, principalmente nas décadas de 60 e 70. São músicas que a maioria dos ouvintes acreditam ser do próprio Roberto, que pôs seu carimbo em quase todas, tornando-as suas, e que inevitavelmente quando a ouvimos em outras vozes, sempre nos referimos como a "canção" do Roberto, ou será que alguém quando ouve "Outra vez", não diz que é dele a música?

No mês que completa 70 anos (19 de abril), minha homenagem ao mais popular e romântico dos compositores, num passeio que vai das canções de amor, do balanço do "soul" e do pop, até as baladas românticas, em arranjos inventivos e interpretações que fogem da obviedade, e que mostram que sem o aparato orquestral que envolve hoje suas gravações, um intérprete sensível e um cantor dos bons, formaram a base que segmentaram sua carreira, e o levaram a categoria de "Rei".

Essa essa postagem, inciamos uma série de outras que virão pr aí, particularmente, os grandes nomes de nossa música popular brasileiras, desfilarão por aqui, para que você possa baixar e se deleitar com o melhor de nossa canção.

Aproveite. Peça seu cd. Na medidada do possível estaremos disponiblizando para download.

Grade abraço,
Hélder Loureiro, editor.

As Canções do Rei:

01. Como Dois e Dois (Caetano Veloso)
02. O Moço Velho (Silvio César)
03. A Ilha (Djavan)
04. Você Já Me Esqueceu (Fred Jorge)
05. Prá Você (Silvio César)
06. O Tempo Vai Apagar (Paulo César Barros/Getúlio Côrtes)
07. Outra Vez (Isolda)
08. Custe o Que Custar (Hélio Justo/Edson Ribeiro)
09. Força Estranha (Caetano Veloso)
10. Quase Fui Lhe Procurar (Getúlio Côrtes)
11. Ternura Antiga (J. Ribamar/Dolores Duran)
12. Aceito Seu Coração (Puruca)
13. Um Jeito Estúpido de Te Amar (Isolda/Milton Carlos)
14. Elas Por Elas (Isolda/Milton Carlos)
15. Ternura (E. Levitt/K. Karen/Versão: Rossini Pinto)
16. A Deusa da Minha Rua (Newton Teixeira/Jorge Faraj)
17. Acalanto (Dorival Caymmi)
18. Com Muito Amor e Carinho (Chil Deberto/Eduardo Araújo)
19. E Não Vou Deixar Você Tão Só (Antonio Marcos)
20. Ninguém Vai Tirar Você de Mim (Edson Ribeiro/Hélio Justo)

Baixe Aqui:

Presença marcante de Eleonora Falcone

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Especial das Seis - Vitrine Brasil

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Conheça a história de Zabé da Loca


No ano passado, o Globo Rural conheceu uma das personagens incríveis que o Brasil produz: Zabé da Loca, uma mulher que toca pífano, a flauta típica do Nordeste. No vídeo acima, conheça mais um pouco dessa história. A história de vida de Zabé da Loca.

Encontros Rumo à Cidadania Cultural

A atividade Encontros Rumo à Cidadania Cultural chegou à sua quarta edição no dia 15 de abril no Rio de Janeiro. O evento ocorreu na Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) em paralelo ao Encontro da Ação Griô Nacional – que contou com a presença da Ministra da Cultura.

Marta Porto, futura representante da nova Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, em processo de criação, mostrou a intenção de realizar uma extensa agenda de encontros entre o MinC e secretarias municipais e estaduais de cultura, afim de discutir ações e programas já existentes no âmbito do Programa Cultura Viva e Brasil Plural. Marta esclareceu ainda que o diálogo com os colegiados setoriais é fundamental para a construção de programas e ações de forma coletiva.

Outra informação divulgada durante a reunião foi a instalação, nas próximas semanas, de uma central de atendimento e informação voltada a esclarecer dúvidas sobre convênios e editais relacionados ao programa Cultura Viva. A central será instalada tanto em Brasília quanto nas Representações Regionais do MinC. Para André Diniz, Chefe da Representação Regional do Rio de Janeiro (RRRJ/MinC), “o encontro faz parte da filosofia do novo ministério, que é voltada a aprofundar o diálogo com a sociedade organizada ou não”.

Os encontros começaram em Belo Horizonte (MG) no dia 7 de abril, seguido pelo de Salvador (BA), no dia 12. Após São Paulo (SP), dia 14, e Rio de Janeiro (RJ), no dia 15, a conversa sobre políticas à cidadania e diversidade cultural para o Brasil chega a região Sul, encerrando os encontros do mês de abril. Florianópolis (SC), é a primeira capital do Sul a sediar o encontro dia 19, seguido de Porto Alegre (RS), no dia 20. Os Encontros Rumo à Cidadania Cultural recomeçam no dia 10 de maio.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Augusto dos Anjos: 127 anos do poeta

No dia 20 de abril de 1884, há exatos 127 anos nascia na região de Cruz do Espírito Santo, atual município de Sapé no estado da Paraíba o poeta Augusto dos Anjos. Considerado um dos maiores escritores brasileiros e mundiais, foi eleito em 2001 "O Paraibano do século XX" e é conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.

 
Hoje o mundo da poesia relembra a memória e a obra deste escritor Paraibano, filho do carbono e do amoníaco. Em João Pessoa, no Teatro Santa Roza, o músico Chico Viola apresenta nesta quarta, às 20h, o espetáculo 'Viola dos Anjos', projeto que objetiva musicar a obra do poeta.

“Augusto é de muita musicalidade, não tenho uma formação musical para me considerar músico, minha formação é teatral, por isso fiz uma leitura, o que facilitou”, afirma Chico Viola.


Segundo Chico Viola, o projeto nasceu em 1998, com uma apresentação na praça Antenor Navarro, onde ele fez uma leitura musical do soneto “Versos Íntimos”. “Um amigo gostou e sugeriu que eu aumentasse o repertório”, conta.

Chico Viola 

“O músico Chico Viola é poeta por excelência”, define a poetisa Nara Limeira. “Tem se mostrado na cena musical como um criador que leva ao extremo o ofício de sê-lo. Propõe um pensar o mundo pelos olhos da arte que reinventa a vida. Recria o cotidiano através de um jeito alternativo de conviver com o caos urbano no terceiro milênio”, analisa. 

“No princípio achei difícil, mas com a insistência foi se tornando fácil”, afirma Chico sobre a concepção do repertório para o espetáculo de hoje à noite. “O soneto ‘A Ideia’ deu muito trabalho e foi com dois acordes concluídos. Já ‘Contrastes’, de uma outra forma os acordes ajudaram a construir a leitura. Outros se fizeram de forma que a linha melódica ajudava na leitura e a leitura ajudava a melodia.”

Nara ainda destaca nesse trabalho, as melodias de “A Árvore da Serra”, “Psicologia de um Vencido” e “Alucinação à Beira-mar”. “Nessa última, Chico dá um nó na ampulheta e proporciona o diálogo entre Augusto com Lia de Itamaracá. Com uma dicção própria, Chico Viola traz uma proposta musical que reafirma o que o poeta diz em palavras e poesia.”

De acordo com Nara Limeira, sua musicalidade entrelaça as canções, formando um único “Eu” e construindo a trilha sonora do livro deixado por Augusto dos Anjos. “O resultado é um material agradável a ser explorado e divulgado por educadores e amantes da poesia. Se você pensa que a boa música de Chico Viola reveste a poesia de Augusto com a melhor pele, engana-se. Ao contrário, a música de Chico Viola desnuda Augusto dos Anjos.”

Um pouco mais sobre Augusto dos Anjos

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, Paraíba, no dia 20 de abril de 1884. Aprendeu com seu pai, bacharel, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, já sendo dado como doentio e nervoso por testemunhos da época. De uma família de proprietários de engenhos, assiste, nos primeiros anos do século XX, à decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas. 

Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Ali teve contato com o trabalho "A Poesia Científica", do professor Martins Junior. Formado em direito, não advogou; vivia de ensinar português. Casou-se, em 04 de julho de 1910, com Ester Fialho. Nesse ano, em conseqüência de desentendimento com o governador, é afastado do cargo de professor do Liceu Paraibano. Muda-se para o Rio de Janeiro e dedica-se ao magistério. Lecionou geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Em 1911, morre prematuramente seu primeiro filho. Em fins de 1913 mudou-se para Leopoldina MG, onde assumiu a direção do grupo escolar e continuou a dar aulas particulares. 

Seu único livro, "Eu", foi publicado em 1912. Surgido em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativo do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. Praticamente ignorado a princípio, quer pelo público, quer pela crítica, esse livro que canta a degenerescência da carne e os limites do humano só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor.

Cético em relação às possibilidades do amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma), Nem há mulher talvez capaz de amar-me"), Augusto dos Anjos fez da obsessão com o próprio "eu" o centro do seu pensamento. Não raro, o amor se converte em ódio, as coisas despertam nojo e tudo é egoísmo e angústia em seu livro patético ("Ai! Um urubu pousou na minha sorte"). A vida e suas facetas, para o poeta que aspira à morte e à anulação de sua pessoa, reduzem-se a combinações de elementos químicos, forças obscuras, fatalidades de leis físicas e biológicas, decomposições de moléculas. Tal materialismo, longe de aplacar sua angústia, sedimentou-lhe o amargo pessimismo ("Tome, doutor, essa tesoura e corte / Minha singularíssima pessoa"). Ao asco de volúpia e à inapetência para o prazer contrapõe-se porém um veemente desejo de conhecer outros mundos, outras plagas, onde a força dos instintos não cerceie os vôos da alma ("Quero, arrancado das prisões carnais, / Viver na luz dos astros imortais").

A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do "Eu" — desde 1919 constantemente reeditado como "Eu e outras poesias" — um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma. Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu em Leopoldina em 12 de novembro de 1914.

Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão é lançada em ato em Brasília


Em ato realizado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (19) foi lançada a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular. O evento marcou a disposição de parlamentares e entidades da sociedade civil de interferirem no processo de debates que se desenvolve neste ano sobre um novo marco regulatório para as comunicações no Brasil e sobre o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular vinha sendo construída desde o ano passado, quando se iniciou a coleta de assinaturas de parlamentares comprometidos com o movimento pela democratização da comunicação. Proposta pela deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP), a ideia ganhou mais força neste início de 2011, com o envolvimento maior de outros parlamentares.

Além de Erundina, compuseram a mesa de debates a presidente da Frente Parlamentar Mista da Cultura, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), a secretária de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Bertotti, o representante da Associação dos Jornais do Interior de São Paulo (Adjori-SP), Carlos Baladas, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ); e o deputado Emiliano José (BA), representando a liderança do PT.

Bastante representativo, o ato contou também com a participação de representantes de diversas entidades. Uma novidade na Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade de Expressão é que esta é a primeira a ter, além de parlamentares, igual número de representantes da sociedade civil em sua coordenação.

No evento Erundina afirmou que a Frente está sendo criada para funcionar como um espaço de diálogo permanente com o governo sobre a política de comunicação social no País. Ela destacou ainda que se trata do passo mais importante para a democratização do setor, desde a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em 2009. Eleita por unanimidade para a Coordenação Geral da Frente, a parlamentar defendeu a retomada das atividades do Conselho de Comunicação Social do Congresso, órgão consultivo cujas atividades estão paralisadas há cinco anos, e a regionalização da programação como forma de democratizar a mídia.

Os diretores da FENAJ Guto Camargo e Antônio Paulo Santos representaram a entidade no ato de lançamento. Camargo destacou, em seu pronunciamento, que esta frente parlamentar recupera o papel do poder legislativo federal na formulação de políticas de comunicação após mais de 20 anos de aprovação da Constituição. “Por omissão do Legislativo o Judiciário tomou iniciativas polêmicas, como a extinção da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista e extinção da Lei de Imprensa sem que nada exista hoje para regular questões fundamentais para a democracia como o direito de resposta”, disparou. Ele defendeu as propostas da FENAJ de aprovação de uma nova e democrática Lei de Imprensa e das PECs do Diploma.

O líder do PT, Paulo Teixeira (SP), anunciou no evento que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, irá à Câmara no próximo dia 27 para apresentar o projeto do governo de novo marco regulatório do setor (Plano Nacional de Comunicação) e discutir o Plano Nacional de Banda Larga, que pretende massificar a acesso à internet.

hl.com com Agência Câmara

terça-feira, 19 de abril de 2011

Projeto transforma monitores de computadores em coletores de lixo

Nem tudo que é lixo, é lixo!”. Com esse pensamento e proposta alunos de Lagoa Seca contribuem com o meio ambiente.

Esse é um projeto inovador que busca o reaproveitamento de monitores de computadores que são descartados. A iniciativa pioneira na região fez com que os alunos da Escola Irmão Damião, em Lagoa Seca, fabricassem coletores de lixo para incentivar a coleta seletiva a partir do uso dos monitores que foram adaptados.

Mais de 30 cestos já foram confeccionados e cerca de 25 pessoas estão envolvidas no projeto.

De acordo com o coordenador do projeto, professor José Walter Costa, inicialmente a idéia era desenvolver um projeto piloto na escola para avaliar a aceitação das pessoas em relação ao uso desses coletores, mas, devido a boa recepção dentro da escola, a iniciativa já busca se expandir como ação administrativa “observando o sucesso que foi entre os alunos. "Nós já estamos fazendo o levantamento de custo para que a administração municipal possa espalhar esses coletores pelas ruas de Lagoa Seca, primeiramente só os coletores e depois vamos incentivar a coleta seletiva”, explicou.
 
O projeto busca despertar as gerações futuras para o reaproveitamento do lixo e a conservação do meio ambiente através da sensibilização. Segundo José Walter, “as pessoas já são conscientes dos danos causados pela falta de cuidados com a preservação da natureza, porém é preciso se sensibilizar e começarem a fazer disso uma prática diária, quando esse trabalho é feito na escola, as próprias crianças se tornam agentes multiplicadoras da idéia e levam essa conscientização para casa”.

As pessoas interessadas em contribuir com o projeto doando um monitor usado devem procurar a escola, que fica logo no bairro Monte Alegre, próximo ao ginásio de esportes ‘O Santinão’ e as margens da BR-104.

Ascom/PMLS

Especial das Seis - Vitrine Brasil - Roberto Carlos 70 Anos

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Roberto Carlos: o eterno rei aos 70 anos


Talvez Roberto Carlos Braga seja o mais humano de nossos reis. Teve uma perna esmagada em acidente de trem na infância, sofreu com as perda de sua mãe e a esposa Maria Rita, ambas de maneira lenta e dolorosa; e no fim de semana, deu adeus a uma enteada que criou como filha. E em nenhum momento perdeu a majestade que, com os 70 anos completados nesta terça-feira (19) só dá mostras de que vai atravessar incólume os tempos. Ele passou reto como uma flecha pelo tropicalismo, bossa nova, punk e new wave. Aqui, inalcançável como um rei sobrehumano de literatura infantil.

E ainda há quem o critique. Aponte o alcance de sua voz como muito baixo, as melodias simplistas, as letras pobres. Mas onde há pobreza no verso "Se chorei ou se sofri/o importante é que emoções eu vivi" se foi algo que ele sentiu na carne e expõe para todos nós há meio século?

As emoções começaram em Cachoeiro do Itapemirim, interior do Espírito Santo, quando Laura Moreira Braga deu à luz seu quarto e último filho com o relojoeiro Robertino Braga. A música esteve intrinsecamente ligada à família, já que foi Dona Laura a dar os primeiros passos ao filho ensinando-lhe violão e piano. A educação formal veio no Conservatório Musical da cidade. Precoce, a primeira apresentação pública foi ao snove anos, na Rádio Cachoeiro. Como prêmio, ganhou um punhado de balas.

Essa foi a primeira grande vitória depois de um trauma violento. Três anos antes, Roberto brincava com uma colega de escola, Fifinha, na plataforma da estação de trem. Uma locomotiva aproximou-se. A professora que os acompanhava puxou a menina. Ele não teve a mesma sorte e cai, tendo a perna direita esmagada e amputada um pouco abaixo do joelho. Até os 15 anos, idade em que usou a primeira prótese, andou com a ajuda de muletas.



RIO - Nada que acabesse com seu sonho. Na metade final da década de 1950 mudou-se para o Rio de Janeiro, mais precisamente a cidade de Niterói. Foi lá que travou conhecimento com a maior revolução músical do século passado, o rock and roll. Em 1957, formou a primeira banda, chamda de The Sputniks, referência ao satélite soviético lançado ao espaço naquele mesmo ano. Na turma de amigos que gravitava em torno das bandas da época, estava Erasmo Carlos, futuro parceiro musical do Rei.

Quando os Sputniks encerraram sua breve carreira, Roberto iniciou a carreira solo que perdura até hoje. Cantava em clubes, festas e hotéis até Carlos Imperial convidá-lo para o programa Clube do Rock, na TV Tupi. Ali começaram as gravações de compactos que culminaria no primeiro álbum, Louco Por Você, de 1961.

O marco inicial, porém, veio no ano seguinte. Splish Splash, composta com Erasmo e que também deu nome ao LP o alçou a ídolo da juventude. Seguiram-se Parei na Contramão, O Calhambeque e É Proibido Fumar. Hoje, todos clássicos. A imagem do cantor e, claro, de suas músicas, ganharam ainda mais força com o programa Jovem Guarda, de 1965 ao lado de Erasmo (O Tremendão) e Wanderléa (A Ternurinha).

No ano seguinte, sua amizade e trabalho com Erasmo sofreu o primeiro abalo. Um programa em homenagem a Erasmo creditava a autoria de Parei... e Quero Que Vá Tudo Pro Inferno unicamente a ele. Por mais de um ano foi cada um para seu lado. Mesmo sem sua melhor metade, a inspiração de Roberto não tinha fim e o Rei deu ao mundo Quando, Como é Grande o Meu Amor Por Você, Por Isso Corro Demais, Querem Acabar Comigo e Namoradinha de um Amigo Meu. Além delas, versões de Esqueça (Roberto Corte Real), Negro Gato (Getúlio Côrtes) e Nossa Canção (Luiz Airão).

A colaboração com o Tremendão voltou por conta do filme Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, de 1967. Roberto não conseguia terminar a letra de Eu Sou Terrível. Apelou para o parceiro, que o ajudou e os dois voltaram às boas.

VIRADA - Já perto dos 30 anos, o cantor iniciou a grande virada de sua carreira. O álbum "Roberto Carlos", de 1969 foi o marco inicial da verve romântica que o acompanharia ao longo das décadas seguintes. Foi naquele bolachão que estavam gravados Sua Estupidez e As Curvas da Estrada de Santos. Mesmo com um novo rumo sendo traçado, ainda havia tempo para o segundo filme ainda como alvo a juventude: Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa e o mesmo sucesso de Ritmo de Aventura.

Nos anos 1970, o rock no resto do mundo já ganhara contornos mais adultos, tanto no comportamento dos artistas quanto na pluralidade de sons desbravados. Se essa complexidade musical não chegou ao Rei, ao menos deixou sua obra mais adulta, o que para os detratores seria futuramente chamado de brega ou cafona. Rótulos à parte, foi durante esse período que ele marcou seu nome definitivamente na Música Popular Brasileira.

O ano de 1971 marcou seu último filme - Roberto Carlos a 300km por Hora. O ciclo adolescente estava definitivamente fechado e esse mesmo ano teve outro disco, novamente chamado Roberto Carlos, como todos os subsequentes. O álbum é um verdadeiro desfile de hinos: Amada Amante, Todos Estão Surdos, Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos (homenagem a Caetano Veloso) e Como Dois e Dois (do próprio Caetano). Isso sem falar em Detalhes, talvez seu maior sucesso.

Uma nova mudança na carreira veio acontecer novamente em 1974, na véspera do Natal. A Rede Globo convidou o cantor para fazer um especial. O sucesso foi tamanho que até hoje é item obrigatório na grade da emissora carioca. O final da década marcou uma popularidade estrondosa. Os álbuns, religiosamente lançados todo ano, vendiam entre um milhão e um milhão e meio de cópias. Os shows, sempre com lotação esgotada. De triste, o fim do casamento com Cleonice, que lhe deu Rafael, Roberto Carlos Segundo e Luciana - além de Ana Paula, filha do primeiro casamento de Nice, mas que ele considerava como filha legítima.


Se no Brasil, Roberto Carlos já virara uma instituição, a década de 1980 marcou o reconhecimento fora do País. Ganhou o Prêmio Globo de Cristal. Seguiu-se um Grammy de Melhor Cantor Latino em 1988. As duas décadas seguintes - 1990 e 2000 - marcaram a superação de recordes de vendagens. Em 1994 superou os Beatles como artista que mais vendeu na América Latina. Superou a marca de 70 milhões de cópias - no total, já superou a barreira dos 100 milhões.

Em 1995, casou-se novamente - estava separado da atriz Myriam Rios desde 1989. A "rainha" se chamava Maria Rita Simões. Em 1998, Rita teve diagnosticado um câncer, que agravou-se até o ano seguinte, chegando por fim a tirar-lhe a vida em dezembro de 1999. Por isso, naquele ano não houve disco nem especial da Globo.

A perda da companheira só o fez voltar aos palcos em novembro de 2000, tendo o Recife como palco da nova turnê. Em 2001 refez os arranjos de algumas músicas para a gravação do Acústico MTV, outro grande sucesso. Na década seguinte manteve o ritmo normal de shows e turnês. Em outubro do ano passado perdeu a mãe, Laura, aos 96 anos. Mesmo assim, encontrou forças para um grande show na praia de Copacabana, no dia de Natal.

HOMENAGENS - A sólida carreira fez Roberto Carlos receber diversas homenagens ao longo dos anos. Em 1994, um time de músicos gravou o cd Rei, todo com regravações do cantor. Skank (É Proibido Fumar), Barão Vermelho (Quando) e Chico Science e Nação Zumbi (Todos Estão Surdos) eram algumas das estrelas.
No entanto, o maior reconhecimento viria justamente no ano de seu 70º aniversário. A escola de Samba Beija-Flor escolheu o cantor como enredo para o Carnaval. Intitulado "A Simplicidade de um Rei", o carnaval da agremiação faturou seu 12º título, que contou com o homenageado no desfile.

Deputado popõe sessão pecial para debater cultura da Paraíba

O deputado Edmilson Soares declarou que pretende solicitar sessão especial na Assembléia Legislativa da Paraíba para debater os problemas da cultura. A declaração foi feita em audiência pública realizada ontem (18) no Mini-plenário Deputado Judivan Cabral, quando uma comissão de representantes de instituições culturais do Estado entregaram ao deputado Soares um documento solicitando Moção de Apoio à Proposta de Emenda Constitucional nº 150, a qual propõe destinação de recursos carimbados para a cultura no Brasil, como acontece na educação e na saúde.

Estiveram na audiência pública diversos representantes de Pontos de Cultura da Paraíba e Lu Maia, representado a Funesc, além de Alice Monteiro, da Secretaria de Cultura. Depois de prometer ampliar o debate na esfera política, o deputado Edmilson Soares afirmou estar solidário com os gestores culturais, diante da nova realidade no Ministério da Cultura cujo corte orçamentário prejudicou todos os projetos da área, principalmente os Pontos de Cultura.

Lu Maia afirmou que o governo da Presidenta Dilma vem decepcionando o movimento cultural e que é preciso lutar para garantir políticas públicas para o setor. “Nosso partido é a cultura”, declarou, depois de assinar a carta compromisso para os deputados paraibanos. A ativista cultural e representante da Secretaria de Cultura, Alice Monteiro, disse que é preciso garantir os avanços conquistados “a duras penas” nas conferências regionais de cultura, e que as mudanças recentes no Ministério da Cultura levaram a uma queda expressiva no orçamento 2011. O Fundo Nacional de Cultura, que permite incentivo direto, terá apenas R$ 326 milhões, contra R$ 2,2 bilhões em 2010.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Parceria da Fundação Casa de José Américo com A União vai incentiva a produção literária

A Fundação Casa de José Américo e a Editora A União firmaram um convênio de cooperação visando incentivar a produção literária na Paraíba.

O convênio foi assinado pelo presidente da Fundação Casa de José Américo, Flávio Sátiro Fernandes Filho, e o superintendente de A União, Severino Ramalho Leite. Na ocasião, eles destacaram a importância desta parceria, no sentido de beneficiar e incentivar os autores paraibanos, além de ampliar o universo da produção cultural, no aspecto da literatura.
 
Na prática, a finalidade do convênio é a editoração e reeditoração de livros de autores paraibanos, os quais serão executados na gráfica de A União. Segundo o contrato, a FCJA e a editora designarão integrantes dos seus quadros para analisarem o que deverá ser editorado ou reeditorado.
 
Conforme o contrato, após passarem pelo crivo das equipes examinadoras e analisados os critérios, poderão ter seus trabalhos executados os autores que tenham nascido ou estejam radicados na Paraíba. Após a análise e liberação, os autores ou seus representantes legais manterão entendimentos com A União, sendo assegurado um desconto de 30%, no custo da obra a ser publicada. O convênio foi firmado pelo prazo de dois anos.
 
Ascom com hl.com

Areia: Encontro de Pontos de Cultura abrirá Festival de Artes

Os organizadores da TEIA 2011, grande encontro estadual dos Pontos de Cultura, anunciaram que o evento acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de setembro, sendo que no último dia acontecerá a abertura do Festival de Artes de Areia em sua nova versão. De acordo com Alice Monteiro, Gerente Executiva de Articulação da Secretaria de Cultura da Paraíba, a produção ainda está mantendo os contatos para fechar a programação do Festival.

Quanto à TEIA 2011 dos Pontos de Cultura, o foco será na qualificação dos gestores culturais de todo o Estado que participarão do encontro, onde irão tratar de questões de sustentabilidade dos projetos. Cada Ponto de Cultura deverá enviar dois integrantes da diretoria e um representante dos usuários. No primeiro dia, está cogitada a presença de Marta Porto, da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Na primeira noite, realização da feira dos Pontos, um espaço para troca, venda e exposição dos produtos e serviços dos Pontos de Cultura paraibanos. Nos dois primeiros dias, será realizado curso com Célio Turino. A última noite seria reservada para as apresentações das produções dos Pontos de Cultura. A comunidade seria atendida com oficinas nas escolas públicas, a cargo dos monitores e ativistas dos Pontos de Cultura.

Ascom com hl.com

Para Entender as Mídias Sociais

Nos últimos dois meses, pesquisadores e profissionais de mídias sociais de diversas áreas reuniram-se, de modo voluntário, para a produção do ebook “Para Entender as Mídias Sociais”. O lançamento acontece no dia 25 de abril, segunda, às 17h00, com a divulgação do link para download gratuito da obra nos sites:
http://paraentenderasmidiassociais.tumblr.com

Com o objetivo de estimular o debate em torno deste universo em plena ascensão, o livro é composto por artigos curtos, cada um deles abordando temas que atravessam as redes de relacionamento como Política, Educação, Celebridades, Jornalismo, Mobilidade, Relevância, Mercado de Agencias e tantos outros.

A publicação está dividida em 5 núcleos: Bases, sobre plataformas, linguagens, tecnologias e ambientes por onde as redes acontecem; Mercado, enfatizando assuntos ligados à comunicação e empresas; Redação, com foco ao uso das mídias sociais pelo jornalismo e seus desdobramentos; Persona, dedicado à cultura pop e seus sub-produtos e, por fim, Social, tocando em temas fundamentais para a sociedade que estão presentes de modo significativo nas redes de relacionamento.

O Projeto

A iniciativa do projeto é da jornalista e mestre em comunicação Ana Brambilla, que assina a organização da obra. A publicação terá licença Creative Commons, sendo permitida a cópia e livre distribuição do ebook, desde que para fins não comerciais e com citação da fonte.

A capa do livro é criação do designer Rogério Fratin que, assim como os autores e a organizadora, fez todo o trabalho sem qualquer remuneração.

O modelo, conhecido como “flashbook”, é original do livro eletrônico “Para Entender a Internet”, promovido pelo pesquisador de mídias digitais Juliano Spyer, durante a Campus Party de 2009.

É o próprio Juliano Spyer quem assina o prefácio do livro, que conta, ainda, com apresentações de Edney Souza, sócio-fundador da agência Pólvora e da pesquisadora Raquel Recuero, autora do livro “Redes Sociais”.

Próximos Passos

Mais do que um ebook, “Para Entender a Internet” deve se tornar um projeto em constante progresso. Em compatibilidade ao modelo aberto das redes sociais, a iniciativa também deve dar espaço para outros profissionais e pesquisadores que tenham as mídias sociais como foco. Para isso, basta submeter uma proposta de artigo em um dos blogs acima citados. Os temas e textos serão avaliados com vistas à publicação de um segundo volume.

Chico César esclarece apoio a eventos juninos

O secretário de Estado da Cultura da Paraíba, Chico César, emitiu nota nesta segunda-feira (18), esclarecendo que o objetivo do Governo não é proibir ou impedir que eventos sejam organizados com tendências musicais diversas, mas sim, direcionar os recursos públicos para incentivar o fortalecimento e o resgate da cultura paraibana e nordestina.

Abaixo segue na íntegra a nota do secretário:

“Tem sido destorcida a minha declaração, como secretário de Cultura, de que o Estado não vai contratar nem pagar grupos musicais e artistas cujos estilos nada têm a ver com a herança da tradição musical nordestina, cujo ápice se dá no período junino. Não vai mesmo. Mas nunca nos passou pela cabeça proibir ou sugerir a proibição de quaisquer tendências. Quem quiser tê-los que os pague, apenas isso. O Estado encontra-se falto de recursos e já terá inegáveis dificuldades para pactuar inclusive com aqueles municípios que buscarem o resgate desta tradição.

São muitas as distorções, admitamos. Não faz muito tempo vaiaram Sivuca em festa junina paga com dinheiro público aqui na Paraíba porque ele, já velhinho, tocava sanfona em vez de teclado e não tinha moças seminuas dançando em seu palco. Vaias também recebeu Geraldo Azevedo porque ele cantava Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro em festa junina financiada pelo governo aqui na Paraíba, enquanto o público, esperando a dupla sertaneja, gritava “Zezé cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”.

Intolerância é excluir da programação do rádio paraibano (concessão pública) durante o ano inteiro, artistas como Parrá, Baixinho do Pandeiro, Cátia de França, Zabé da Loca, Escurinho, Beto Brito, Dejinha de Monteiro, Livardo Alves, Pinto do Acordeon, Mestre Fuba, Vital Farias, Biliu de Campina, Fuba de Taperoá, Sandra Belê e excluí-los de novo na hora em que se deve celebrar a música regional e a cultura popular”.