Quando Antonio Barros e Cecéu se encontraram em 1971, desde então formaram uma parceria no trabalho musical e no amor. Passaram a compor juntos e se tornaram um casal de sucesso. Levantando a bandeira de uma forte expressão artística no companheirismo do dia-a-dia, essa dupla se transformou num paradigma da cultura popular brasileira, pois nesse decorrer são mais de setecentas obras gravadas pela maioria dos intérpretes brasileiros, alcançando popularidade até no exterior onde também suas músicas foram gravadas na Itália, Espanha, Portugal e Israel.
Raras são as pessoas que nunca ouviram as composições de Antônio Barros, incluindo aquelas feitas em parceria com a esposa, Cecéu. A dupla é referência na hora de animar um arrasta-pé e de incentivar naturalmente a participação do público, que sempre canta junto com o casal. São mais de 700 músicas e 134 regravações de 1971 a 1995, constituindo um rico acervo de clássicos nordestinos, já consagrados nacional e internacionalmente, na voz de diversos intérpretes.
Como diz Cecéu, o repertório passa pela tradição nordestina. "Bate coração", "É proibido cochilar", "Homem com H". “São clássicos bastante conhecidos. E isso é o que realmente nos satisfaz, quando vemos o público cantando todas as músicas que são de raiz nordestina”, afirmou.
Homem Com H, Por Debaixo Dos Panos, Bate Boração, como também as famosas Procurando Tu, Casamento Da Maria, Sou O Estopim, Amor Com Café, Forró Do Poeirão, Forró Do Xenhenhém, Óia Eu Aqui De Novo; são algumas das canções que fazem parte do acervo de músicas autorais dessa dupla e gravadas por expressivos nomes da MPB como Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Dominguinhos, Gilberto Gil, Alcione, Ivete Sangalo, Fagner, Gal Costa, MPB-4 e os saudosos Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês.
Antônio Barros tem muitas histórias para contar, que se confundem com o próprio caminho traçado pela música popular brasileira. Nos anos 1960, ele morou no Rio de Janeiro. Na época, tocou triângulo no regional de Luiz Gonzaga e também chegou a morar na casa do ‘Rei do Baião’, na Ilha do Governador.
Em 1970, numa das viagens no navio de cruzeiro "Ana Neri" pelo litoral brasileiro, onde Antônio Barros trabalhava como contrabaixista, nasceu o sucesso "Procurando tu". A música foi gravada pelo Trio Nordestino e, depois de Antônio Barros aceitar a parceria de J. Luna – disc-jóquei baiano que ajudou a divulgar a canção no Nordeste – a composição fez sucesso e chegou a ser gravada por Ivon Curi e até Jackson do Pandeiro, entre outros músicos.
Foi também o Trio Nordestino que gravou e divulgou outras músicas de Antônio Barros, como "Corte o bolo", "Cuidado com as coisas", "É madrugada" e "Faz tempo não lhe vejo". No ano de 1974, "Vou ver Luiza", que é uma parceria com Lindolfo Barbosa, foi gravada por Bastinho Calixto, pela gravadora EMI.
O grupo "Os Três do Nordeste", por sua vez, gravou composições de Antônio Barros. O trio lançou sucessos como "É proibido cochilar", "Forró do poeirão", "Forró de tamanco" e "Homem com H". Essa última foi composta para a novela "O bem amado". No início da década de 80, Luiz Gonzaga e Gonzaguinha gravaram "Estrela de ouro", enquanto "Quebra pote" foi entregue ao Trio Mossoró, e saiu pela gravadora Copacabana.
Na mesma década, Ney Matogrosso gravava "Homem com H", que se tornou um dos grandes sucessos da época. Também é nesse período que Zé Piata interpretou, pela gravadora Copacabana, o forró "Procurando tu".
Em 1981, o xote "Bate coração", parceria entre Antônio Barros e a mulher Cecéu, foi gravado ao vivo por Elba Ramalho, durante o Festival de Montreux, na Suíça. No ano seguinte, a música estourou como sucesso nacional. No decorrer da década, outras composições se tornaram conhecidas na voz de diversos intérpretes, a exemplo de "É madrugada" e "Forró do quem quer" (por Dominguinhos); "Forró da maiadeira" (por Luiz Gonzaga).
Por Syusk Santos
Em 1981, o xote "Bate coração", parceria entre Antônio Barros e a mulher Cecéu, foi gravado ao vivo por Elba Ramalho, durante o Festival de Montreux, na Suíça. No ano seguinte, a música estourou como sucesso nacional. No decorrer da década, outras composições se tornaram conhecidas na voz de diversos intérpretes, a exemplo de "É madrugada" e "Forró do quem quer" (por Dominguinhos); "Forró da maiadeira" (por Luiz Gonzaga).
Por Syusk Santos
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